Escola de Educação Básica Zenaide Schmitt Costa

Aquecimento Global

20/05/2009 09:17

 AQUECIMENTO GLOBAL

 

Um novo estudo afirma que parte da costa do Alasca está se perdendo no oceano com velocidade duas vezes maior que no passado, transformando a orla do Ártico. A tendência poderia ameaçar seriamente as renas e outros animais selvagens da área, bem como marcos locais que documentam povoações humanas.

Algumas faixas da costa norte do Estado, ao longo do mar de Beaufort, recuaram mais de 25 metros apenas no verão de 2007, quando o oceano Ártico estava em uma baixa recorde.

No passado, picos de erosão estiveram freqüentemente ligados a tempestades, mas não houve grandes tempestades em 2007, o que sugere "uma mudança nas forças condutoras da erosão", diz o autor Benjamin Jones, geógrafo pesquisador do Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Uma das principais forças agora é o aquecimento global, segundo a pesquisa.

O estudo dos 64 quilômetros de faixas litorâneas foi publicado na publicação especializadaGeophysical Research Letters.

Para o Oceano
As temperaturas mais altas do ar e do oceano estão derretendo o gelo do permafrost, a camada de terra congelada da região. A água derretida corre pela terra e derrete mais camadas de terra congelada, carregando sedimento para o mar no caminho.

Entre 2002 e 2007, o gelo derretido causou o desaparecimento da costa a uma velocidade de cerca de 14 metros por ano. Essa taxa subiu de uma média anual de 9 metros entre 1979 e 2002, e 6 metros entre 1955 e 1979.

Ruínas da cidade-fantasma de Esook, um posto comercial centenário, foram enterradas pela água como resultado da erosão, disse Jones. E perto da cidade de Lonely, Jones tirou uma fotografia de um navio pesqueiro que, alguns meses atrás, fora engolido pelo mar após cerca de um século na orla.

A erosão também ameaça os poços de petróleo. Pelo menos um deles já foi perdido desde 2002, e outro desaparecerá em breve, se o derretimento continuar nessa velocidade.

Especialmente vulnerável
Larry Hinzman, diretor do Centro de Pesquisa Internacional do Ártico, em Fairbanks, Alasca, disse que o permafrost nessa região tem uma quantidade considerável de gelo, o que é uma das razões pelas quais está derretendo tão rápido.

"Se fosse um tipo de solo diferente, haveria menos gelo, e não sofreria erosão tão rapidamente", disse Hinzman, que não participou da pesquisa.

Hinzman disse que as descobertas "não seriam representativas de todo o Ártico, mas existem muitos lugares no Ártico onde o permafrost contém quantidades de gelo similares. Não é uma paisagem incomum no Alasca, Canadá ou Sibéria, mas seria incomum na Groelândia, Islândia e Svalbard (arquipélago norueguês)", disse.

Os pesquisadores pedem mais estudos sobre os padrões de erosão, para que possam ser criados planos de preservação, e novos desenvolvimentos possam evitar um fim precoce.

"Erosão é um processo natural, e é provável que esse litoral venha sofrendo erosão já durante algum tempo", disse Jones. É a velocidade na qual ela está ocorrendo que preocupa os pesquisadores.

Tradução: Amy Traduções

National Geographic

 

FONTE: Terra

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